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Lian, um nome forte da citricultura

O amor sempre foi a base da família Lian, seja dentro de casa ou nos pomares de laranja. A paixão pelo campo e o respeito à terra é transmitido através das gerações.

Há mais de seis décadas, o Sr. Issa Lian e dona Marlene uniram suas vidas e também seus sonhos, dando origem ao negócio de família, a Lian Citrus. À medida que a família crescia, a continuidade desse legado se tornava cada vez mais evidente. Leandro, filho caçula, atualmente, é o braço direito do Sr. Issa, toma conta dos negócios. Outra filha, Maria Fernanda, é quem comanda a parte financeira, mantendo a tradição de comprometimento e sucesso da família.

Da geração mais nova da família, dois netos contribuem fortemente para o crescimento da Lian Citrus. Pedro Lian Tito Rosa atualmente é gerente de pesquisas da empresa, e dedica-se 100% ao empreendimento familiar. Fortalecendo ainda mais o laço, Luísa, filha de Leandro, já segue os passos do pai e atua no negócio, estuda engenharia agronômica e pretende seguir na atividade.

É Luísa, inclusive, que começa a contar a história da família, irradiando entusiasmo e profunda admiração pela jornada percorrida por seus avós, uma história que eles construíram lado a lado. “São 66 anos marcados por um amor profundo e uma parceria inabalável. Como netos, temos uma admiração muito grande por tudo que eles nos ensinaram. O vovô e a vovó sempre foram e estão muito presentes. Eu e Pedro sempre estamos aqui com eles. A vovó é uma fortaleza, teve cinco filhos, fruto desse relacionamento tão lindo que nos enche de esperança para um mundo melhor, com mais amor ao próximo”.

Para Luísa, o amor dos avós, construído ao longo de mais de seis décadas, é sinônimo de exemplo: “ Minha avó, a vida inteira, atuou em instituições beneficentes, diversas delas em Bebedouro, como a Vilinha Vicentina (como carinhosamente eles chamam). Ela e meu avô sempre passaram isso para nós, de que a gente tem que ajudar o próximo, que precisamos ter este olhar de amor e é isso que sempre nos manteve unidos e é nossa missão. Estava falando com meu avô estes dias sobre isto e ele me disse que aos 91 anos, se ele ainda está aqui na Terra, é porque tem uma missão. A gente sabe que a missão deles é muito linda. Sem Issa não existe Marlene e sem Marlene não existe Issa, se a gente fala de um, consequentemente nós estamos falando do outro. Afinal, não é por trás de um grande homem que existe uma grande mulher, mas sim ao lado de um grande homem que existe também uma grande mulher e eles são complemento um do outro. Todo este amor é muito lindo de ver”.

O orgulho da neta em falar do amor dos avós que já atravessa décadas não é à toa. Sr Issa e dona Marlene construíram, juntos, uma família em seu mais pleno e perfeito significado. São cinco filhos: Najla, João Antônio, Maria Fernanda, Marinês e Leandro. Os netos somam 11: Marina; Alexandre; João Antônio Jr.; Matheus; Pedro; André; Lucas; Maria Theresa; Maria Guilhermina; Luísa, Diogo. Há, ainda, um bisneto, Miguel.

Hoje, o Grupo Lian Citrus traz consigo uma rica herança de gerações na citricultura. Hoje, a participação ativa dos filhos Leandro, na atividade agrícola, e Maria Fernanda, na gestão administrativa e financeira, é complementada pela contribuição valiosa dos netos Pedro e Luísa.

A família, grande, unida e cheia de amor e respeito um pelo outro, começou a ser formada e fortalecida há pouco mais de 66 anos de casamento. Mas, este sinônimo de família que ultrapassa as palavras dadas pelo dicionário, tem raízes muito mais profundas e que atravessa o tempo e para entender, precisamos voltar na história, caminhar no sentido anti-horário. Para quem pensa que voltar no tempo não é possível, a família Lian existe para desmistificar isto. Eles conseguem, hoje, quando olham tudo o que construíram dentro da citricultura e dentro do coração, voltar no tempo usando artifícios que poucos dão valor: a memória, o afeto, a preservação da história.

Era 1926 quando o senhor Habib Lian veio do Líbano para o Brasil, aos 22 anos: “Foi por conta da fome que o país enfrentava naquela época, uma parte da família já estava aqui, pois tinha, efetivamente, oportunidades. Ele chegou aqui e começou a trabalhar como mascate, vendendo armarinhos e alguns tipos de tecidos nas propriedades agrícolas que existiam na época, em Bebedouro”, conta o Sr. Issa Lian.

O Sr. Habib começou a empreender, abriu loja de armarinhos no comércio da cidade e se chamava Casa Progresso. Nesta mesma época, casou-se com dona Nabia, também do Líbano: “Quando chegou em uma determinada época, eles venderam a loja e montaram um depósito de material de construção. Meu pai tinha o apelido de Turco bobo (risos)”, conta o Sr. Issa.

Foi a partir dessa loja de material de construção que a família Lian começou a se inserir na citricultura: “Foi onde tudo começou. Eu já havia me formado em odontologia e meu pai, em 1964, comprou a primeira propriedade em Bebedouro, a Fazenda Santo Antônio. Nesta época, a cidade estava se expandindo neste setor da citricultura e meu pai acreditou nesta evolução”.

Daí em diante, a família Lian investiu cada vez mais. Seguindo a linha temporal, em 1966, houve a compra da Fazenda Bela Vista, em Bebedouro; em 1968, foi comprada a Fazenda Santa Zulmira em Bebedouro; em 1974, a família fez a compra do sítio Guaripu, ao lado da Fazenda Santa Zulmira e a Fazenda Santa Bárbara, estas em Bebedouro. Houve ainda, aquisição do sítio Rio Turvo, em Pirangi, da fazendo Taiúva, em Cajobi, e a Fazenda Nabia, em José Bonifácio. E foi em 1982 que o senhor Habib faleceu. Três anos antes, Dona Nabia já havia falecido.

O Sr. Issa, conta que quando seu pai faleceu, a família já produzia quase 900 mil caixas de laranja, ressaltando que em algumas das propriedades, também havia plantação de café, grãos, cana e gado, além de outras culturas: “As propriedades eram minhas e das minhas irmãs, Maria (in memorian) e Tecla.

Quando dividiu as propriedades com as irmãs, o Sr. Issa comprou, em 1984, a Fazenda Barro Preto, em Mococa; em 1985, a Fazenda Santa Júlia, em Dourado; em 2004, a Fazenda Olímpia, em Monte Azul Paulista; em 2008, a Santo Expedito, em Patrocínio Paulista e, em 2019 o Sítio D. Nabia, em Monte Azul Paulista.

Para o Sr. Issa, a trajetória nem sempre foi focada na citricultura. Além de sua atuação como dentista em Bebedouro, na rua Coronel João Manoel, também exerceu a profissão com um consultório na capital paulista. Foi nesse período que ele reencontrou dona Marlene, que morava na cidade. Sr. Issa recorda com um sorriso de quando a conheceu em uma visita que ela havia feito a Bebedouro, quando tinha 17 anos: ‘Bati os olhos nela e percebi que estava apaixonado.’ O amor floresceu e, quando dona Marlene completou 19 anos, eles decidiram se casar.

A parceria, respeito, lealdade, carinho, admiração, amor e todos os sinônimos de família estão nítidos o tempo todo quando Sr. Issa conta sua trajetória, sentado ao lado de dona Marlene que segura firme sua mão e faz carinho, mostrando que nada foi perdido nestes quase 70 anos juntos, pelo contrário, só houve ganhos. E todos eles são comemorados diariamente com a construção de novos caminhos e a preservação daqueles que já foram trilhados. Dona Marlene, emocionada, fez questão de mostrar que seu buquê de noiva, no dia do casamento, foi feito com flor de laranjeiras.

“Nunca deixei que a citricultura acabasse, sempre fui otimista, desde o primeiro momento me apaixonei pela Citricultura, são quase 60 anos neste caminho”, diz senhor Issa, mesmo lembrando das grandes dificuldades que já passou: “Houve um momento em que passamos a viver apenas da Citricultura, já que não existia para nós, outra fonte de renda quando fechamos a casa de material de construção. Marlene, desde o primeiro dia ao meu lado, me auxiliou, me incentivou e nunca me deixou desanimar. Esta cumplicidade iremos levar para o túmulo”.

Com tanto companheirismo beirando a família desde os primórdios, como deixar escapar algo e não transmitir a mesma energia aos filhos e netos? Praticamente impossível. Na verdade, para a família Lian, foi impossível, tanto que o desejo de crescer juntos e caminhar de mãos dadas cercou a todos. A relação implica em duas partes, uma percebendo a outra, uma cedendo em nome da outra e foi assim que Sr. Issa e dona Marlene construíram as relações familiares e isto inclui a Citricultura, ela faz parte da família Lian: “Muitas pessoas fazem o patrimônio, não ajuda os filhos, não faz nada para que os filhos sintam sua falta. Com todos os meus defeitos e minhas qualidades, por tudo que vivi e passei, devo dizer que a Marlene sempre esteve ao meu lado e me ajudou muito, mesmo com todos os desafios que enfrentamos, os problemas de saúde pelos quais passamos, sempre estivemos respeitando, lutando, ajudando um ao outro”, diz bastante emocionado.

A Uniceres dá às mãos aos laços familiares dos Lian

Quando se diz que a formação de uma família vai além dos laços sanguíneos, não é de boa para fora. É fato que para os membros dos Lian, Citricultura também é sinônimo de família, mesmo não estando oficializado nos dicionários. Quem diz isto é a estrada da vida percorrida por eles, sempre de mãos dadas. Os netos sabem disto, vêem e vivem isto todo dia. Os filhos, mais ainda. O bisneto, com certeza sabe disto também.

Então, porque não fortalecer ainda mais um laço familiar? É assim que a Uniceres entra na vida do Grupo Lian Citrus, sendo mais um sinônimo para a palavra família. Quem explica isto, é Leandro, filho caçula de Sr. Issa e dona Marlene, também presente na conversa e sempre com olhar atencioso e admirador para os pais, é recíproco toda a troca de olhar, todo afeto, todo amor: “Fomos convidados  pela cooperativa e foi colocado uma apreciação da diretoria e, prontamente, passamos a fazer parte da cooperativa. Com certeza a Uniceres contribui muito com a nossa família, através do fortalecimento da nossa estrutura, dando toda assistência técnica, melhores condições de compra e oportunidades de negócios”.

Leandro finaliza ressaltando a importância da família Lian ter dado às mãos e unido laços com a Uniceres: “Ela nos traz total segurança, nos dá apoio em vários sentidos. A Uniceres é muito importante para todos nós, para nossa trajetória, por tudo que construímos e estamos construindo. A Uniceres faz parte da nossa história e faz jus em ser Uniceres, a União que fortalece”.

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