Orgulho, respeito e confiança ditam o rito de passagem na sucessão da Família Vidotti
Mais do que uma profissão, ser agricultor é uma missão de vida que parece fazer parte do DNA da família Vidotti, que se dedica às culturas de laranja, seringueira e cana-de-açúcar. O patriarca José Carlos Vidotti, o Zeca, 76, começou na agricultura plantando laranja, em Monte Azul Paulista e o amor pelo ato de plantar e colher floresceu e está na quarta geração da família.
O ofício do pai (Aderlino) despertou no filho Zeca, a paixão pela agricultura e esse mesmo sentimento foi cultivado no filho José Carlos Costa Vidotti, o Zezé. “Sempre vivi no meio dos pomares de laranja. Eu nasci na fazenda em Monte Azul, em 1970, onde meu pai trabalhava como administrador do meu avô. Conforme fui conhecendo e me aprofundando no negócio, meu pai foi me ensinando o oficio e soltando a minha mão, isso em 1985. Até que em 1995, eu já estava à frente da gestão das propriedades”, conta Zezé.
Zezé sempre amou a agricultura e esse amor já nasceu com João Paulo, seu filho, que aos 23 anos já tomou sua decisão: vai se formar em Agronomia e seguir com o legado da família. O segredo para uma sucessão de sucesso é gostar do ofício, ter dedicação.
A confiança é primordial, como vivenciou o próprio Zezé: “A nossa sucessão foi muito boa. Tivemos dificuldades, alguns apertos. Meu pai confiou muito em mim e eu tento fazer o mesmo com o meu filho. Tem que soltar, motivar, dar oportunidades, aceitar as ideias e orientar”.
Passado, presente e futuro
Com a palavra, João Paulo, a quarta geração dos Vidotti, demonstra o compromisso que tem com o futuro dos negócios. “Eu pude estudar e melhorar graças a eles. Isso é muito importante, mas ao mesmo tempo, tudo que eles sabem da vida no campo, do trabalho, da mão na massa, são essenciais e quero aprender cada detalhe. Tudo que faço e vou fazer pelo resto da vida é em homenagem, respeito e gratidão ao meu pai e avô”.
Para João Paulo, é necessário ter respeito e ouvir a voz da experiência: “Eu quero agregar e vamos trabalhar para evoluir, mas não podemos esquecer de quem nos trouxe até aqui. Temos que ter humildade. É claro que acontecem algumas discussões, por termos visões diferentes, mas temos que saber dividir tudo isso e respeitar”, reconhece.
“Ele é muito rápido e pega todas as informações de forma fácil. A sucessão está caminhando com sucesso”, diz o pai, orgulhoso.
Agro sustentável
Sobre o futuro, o jovem agricultor pretende aperfeiçoar e agregar novas tecnologias à lavoura, levando a sustentabilidade para o legado da família: “O novo agro é assim. O Brasil já e uma referência em produção sustentável e devemos deixar isso cada vez mais claro para o mundo. Temos muito a melhorar e evoluir, mas já seguimos neste caminho”.
O mercado competitivo e a nova geração de consumidores preocupados com questões ambientais levaram citricultores a investir em certificações internacionais de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental: “Meu pai sempre seguiu nesse caminho, com cabeça aberta para a sustentabilidade. A laranja é uma das culturas pioneiras na sustentabilidade com criação das certificações e a maioria dos citricultores abraçaram as práticas do ESG (sigla em inglês para “meio ambiente, social e governança” em português). A citricultura está seguindo esse caminho à risca e não tem volta”.
Além de investir na sustentabilidade, João Paulo pretende agregar conhecimento com a voz da experiência: “Eles deram oportunidade de estudarmos para poder ter uma cabeça aberta e tudo isso será bom para os negócios da família. Esse conhecimento é muito válido, mas ao mesmo tempo, tudo que eles sabem, o conhecimento de campo, de trabalho, eles aprenderam vivendo, colocando a mão na massa. E essa vivência é muito importante. Costumo brincar com o meu pai, que acho que não vou conseguir ter o mesmo conhecimento que eles têm”.
Uniceres sinônimo de união
Foi com o pai e o avô que João Paulo aprendeu a ter dedicação e responsabilidade. São valores que fizerem ele perceber a importância do agronegócio. Na Uniceres, a família Vidotti encontrou mais que parceiros. Encontrou amigos sempre à disposição para ajudá-los.
Para Zezé, a cooperativa significa progresso, organização e tranquilidade. O tempo, segundo ele, só fez bem à Uniceres, que cresceu e evoluiu nessas três décadas: “Lembro do meu pai chegando de uma reunião da Montecitrus, grupo que participamos até hoje, e comentando que o Fábio (Rodas) anunciou a criação da Uniceres. Desde então, passamos a comprar com a Uniceres, que sempre foi uma cooperativa boa. Mas, de uns anos para cá, ficou sensacional. É outra cooperativa, com uma gestão boa e a logística é sensacional”.
União, segundo João Paulo, é a palavra que define o relacionamento da Uniceres com os seus cooperados:
“Uniceres é união literalmente, não só no profissional, mas como no social. Os cooperados são amigos, todos unidos”.
A história da família Vidotti tem um legado forte na agricultura e o sucesso que foi construído à base de muita dedicação e amor pelo ofício, reserva muitos outros capítulos para serem escritos, com a parceria da Uniceres.
A Uniceres se orgulha em fazer parte da história da família Vidotti, apoiando a sucessão familiar e contribuindo para construção de um legado em constante evolução. A união fortalece a Unicieres e seus cooperados, a continuar nesse importante legado, que é a agricultura.