RETRATOS UNICERES

Paixão, resiliência e trabalho duro

Com origem humilde e uma trajetória dinâmica, a família Darme encontrou na agricultura a realização de todos os seus sonhos.

Trabalho, honestidade e humildade. Essa é a marca registrada que a família Darme, de Paraíso, SP, vem construindo desde a década de 50, quando começou a cultivar café e leite. Mas, foi na citricultura que a família encontrou sua paixão. Desde, então, o incansável trabalho é refletido no bem comum que a família e os colaboradores colhem no dia a dia de suas prósperas lavouras.

Tudo começou com o sr. Osvaldo Darme, em uma pequena propriedade do seu pai, João Darme, na região de Paraíso, SP.  Disposto a crescer financeiramente, Osvaldo começou a trilhar seu próprio caminho, que contou com o apoio e a motivação da esposa Helena, sempre à disposição para ajudá-lo em cada desafio. Os dois se casaram em 1957 e tiveram dois filhos: Imar e Zezé.

“Assim que eles casaram meu pai montou um armazém. O negócio foi evoluindo, crescendo e, com o dinheiro que guardava, ia comprando terras. Ele era arrojado, pensava sempre em fazer o melhor. Comprava as mercadorias na 25 de março, em São Paulo, e vendia a um preço bom”, conta o sr. Imar. “Minha mãe ajudou muito meu pai no armazém. Ela era muito parceira em todos os seus projetos”, completa Zezé.

Empresário arrojado

Além da paixão pela agricultura, o sr. Osvaldo tinha sangue empreendedor. E foi em uma dessas viagens à São Paulo que que ele vislumbrou uma boa oportunidade ao comprar uma máquina registradora. Nasceu o supermercado Darme, na praça de Paraíso, uma revolução para a época: “Foi o primeiro supermercado da região. Com o crescimento do negócio, meu pai investia no sítio, ampliando a atividade agrícola”, conta sr. Imar.

Mas, um fato histórico mudou o rumo da história da família Darme. A Geada Negra, de 1975, destruiu os pés de cafés nos estados de São Paulo e Paraná: “Essa geada acabou com o nosso café, tivemos que mandar muita gente embora. A partir disso, desistimos do café e começamos a investir ainda mais em laranja. Vimos que o negócio era rentável e firmamos na citricultura”, relembra Imar.

Com a boa rentabilidade, o sr. Osvaldo começou a comprar propriedades em várias cidades do estado de São Paulo e investia ainda mais nos pomares de laranja. A primeira foi em Paraíso, depois Novais, Uchoa, Itaporã, Fernandópolis e Mato Grosso: “Ele trabalhou muito para conseguir tudo o que temos. Ele ficava no armazém no período de manhã e trabalhava sozinho no sítio à noite”, fala Zezé, orgulhosa.

Unidos no agro

O amor pelo trabalho no campo foi repassado ao filho Imar, que se tornou o braço direito do pai: “Cursei o colégio agrícola, depois vi que era aquilo que eu queria. Eu tomava conta de um pé de laranja, e estudava para saber o que poderíamos fazer para melhorar a produtividade. No sítio tínhamos um pé de limão e espremíamos esse limão para fazer cavalinho para plantar laranja”, recorda-se.

Antes de assumir a gestão do negócio da família, Imar cursou Administração de Empresas, em Ribeirão Preto: “Meu pai andava nervoso e minha mãe me contou, pedindo que eu o ajudasse com o trabalho. Então, comecei a tomar decisões, com 23 anos, na propriedade de Novais. Tudo o que eu propunha a fazer, ele me apoiava e fazíamos juntos”. Na época, eu tinha 18 anos e continuei na minha profissão de professora”, ressalta Zezé. Para Imar, a confiança gera segurança e o resultado dessa combinação é uma gestão de sucesso. “Zezé colaborou muito e confiou no nosso trabalho”, analisa Ilmar.

Dias de glória, dias de luta

A citricultura passou por grandes transformações ao longo desses cinquenta anos. A cultura viveu seus momentos de glória nas décadas de 70 e 80, mas também enfrentou muitos desafios com o surgimento de doenças fitossanitárias e problemas climáticos. Muitas famílias saíram do setor por questões econômicas e outras continuaram batalhando, como a família Darme.

Imar conta que foram cinco anos muito difíceis. “Lembro-me no dia que meu pai me disse: Se a Montecitrus não tiver um bom negócio, teremos que ir para outra cultura.  Pensar que teríamos que desistir de tudo que conquistamos ao longo desses anos, seria muito difícil. Foi, então que recebemos uma boa proposta de negócio da Montecitrus e permanecemos na laranja”, conta.

Tantos desafios ao longo do tempo fizeram com que família fosse investindo em conhecimento e tecnologia para melhorar a produtividade nos pomares de laranja: “Comecei a formar viveiros com variedades diferentes. Sempre pagávamos as dívidas, sobrava dinheiro e investia em propriedades. O pensamento do meu pai era comprar, nunca demos prejuízos para ninguém. Mas, explicava para ele que os tempos haviam mudado e que teríamos que ter cautela”.

Pecuária: um novo horizonte

Com medo das transições da laranja, pai e filho começaram a pensar em investir em outras culturas, mas jamais sair da agricultura. A pecuária surgiu como uma boa oportunidade de negócio: “Compramos uma propriedade em Mato Grosso e investimos na pecuária. Mas, antes disso, certo dia, cheguei numa das propriedades e os pomares de laranja estava cheio de gado. Meu pai havia comprado o gado e depois compraria a fazenda. Vocês acreditam?”, conta Imar, rindo.

Família: a base de tudo

Imar casou-se com a médica Fabiana, com quem teve duas filhas: Maria Eduarda e Maria Clara. “Minha filha Maria Clara irá se formar em Medicina. Já Maria Eduarda formou-se em Administração de Empresas e está cursando MBA em Agronegócio”.

Os filhos de Maria José, Caroline e Gustavo, também optaram por Medicina: “O Gustavo, por influência do meu pai e do meu irmão, prestou Agronomia no vestibular, mas optou por Medicina. Sempre incentivei ele a fazer o que gosta”.

A vontade de continuar o legado da família motiva Imar a se aprimorar para exercer uma gestão eficiente. Os valores, como amor, honestidade e o respeito, que foram ensinados jamais serão esquecidos pelos irmãos, que se uniram ainda mais com o falecimento dos pais em 2021.

“Meus pais me proporcionam uma boa educação.  Me ensinaram a jamais retribuir o mal com o mal e a importância do trabalho. Minha mãe foi ao médico por conta de um acidente e acabamos descobrindo um câncer no ovário. Essa doença é silenciosa. Depois que minha mãe faleceu, meu pai ficou triste e logo depois veio a falecer”, emociona-se Zezé.

A esposa de Imar, Fabiana conta que sempre gostou das histórias do sr. Osvaldo: “É um orgulho fazer parte de uma família que cresceu financeiramente, mas manteve a humildade, suas origens. Isso é importante”. Os irmãos fazem questão de demostrar orgulho e a admiração que sente pela trajetória da família.

Uniceres: cooperativa sólida que move e anima o produtor

O relacionamento da família Darme com a Uniceres vem desde a fundação da cooperativa. Osvaldo foi um de seus fundadores e, desde então, a cooperativa representa os interesses da família na compra de insumos.

“Já participávamos da Montecitrus. Quem nos convidou foi Fábio Rodas, que veio à nossa casa apresentando a formação do grupo. A Uniceres significa tranquilidade e segurança. Sem a cooperativa, era muito difícil. Hoje, temos a segurança de comprar produtos de qualidade. A Uniceres fortalece os produtores, não tem calote. Trata-se de uma cooperativa sólida, que move e anima o produtor”.

Para Imar, a cooperativa é formada por pessoas trabalhadoras e honestas: “Confiamos muito neles, na diretoria sempre pensando em crescer de forma honesta. A equipe é ótima e contribui com todo o nosso sucesso. Não perdemos tempo porque eles cuidam desde a parte da compra de insumos até a orientação técnica. Hoje, estou em São Paulo, amanhã estou em Mato Grosso. Então, ter toda essa assistência é muito satisfatória”.

A Uniceres se orgulha em fazer parte da história da família Darme, apoiando a força e a resiliência de se reinventar e continuar na agricultura. A união fortalece a Uniceres e seus cooperados, no enfrentamento dos obstáculos da vida e do campo.

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