O legado da família Arroyo Lima tem raízes fortes na agricultura que se sustentam de geração em geração.
O legado da família Arroyo na agricultura começou com o avô materno, Julião Arroyo, na Fazenda Bom Jardim, em Monte Azul Paulista SP, onde seu pai, Severiano, e sua mãe, Cipriana, criaram os filhos.
O começo não foi fácil. Numa época de recursos escassos e poucas oportunidades, Severiano se empenhou e trabalhou duro para oferecer a seus filhos a oportunidade de estudarem.
Pensando em um futuro melhor, Julião seguiu para São Paulo, onde alojou-se em uma pensão e concluiu seu curso na Escola de Comércio na Álvares Penteado. Logo depois, retornou a Monte Azul, onde casou-se com Otilia Patrício Arroyo, com quem teve os filhos Wanda, Oswaldo, José Oscar, Clóvis Julião e Gilberto.
Julião tornou-se comerciante de café e, aproveitando a boa fase da cultura, fundou a Casa Bancária Julião Arroyo com famílias amigas da época, em meados de 1920, movimentando a economia local. Posteriormente, em 1981, o banco foi vendido.
Mesmo trabalhando como comerciante e banqueiro, Julião continuou a se dedicar à agricultura. E o amor pela terra foi transmitido para os filhos, inspirando netos e bisnetos.
Julião cultivou café no Estado do Paraná, mas a cultura foi castigada pelas geadas e foi gradativamente substituída pela pecuária. Apesar dos desafios, a família seguiu progredindo, diversificando as atividades e continuando seu legado no agronegócio com a terceira geração cultivando cana-de-açúcar, citrus, seringueira e pecuária. Toda a família continua seguindo os passos de Julião.
Mãos na terra
A história do avô inspirou e motivou Fábio Arroyo a se dedicar a agricultura: “Como neto primogênito, tive oportunidade de acompanhar junto com os meus primos, grande parte dessa evolução. Com a morte prematura de meu pai, me adaptei a nova realidade, passando a me dedicar integralmente a agricultura, que é o que gosto e aprendi a fazer. Sempre priorizei o que nos foi transmitido, sobre preservação da natureza, procuramos fazer sempre o que é correto”.
As novas gerações seguem firme e forte na agricultura, procurando agregar e inovar nos negócios: “Na minha família, conto com a ajuda de meus filhos, o agrônomo, Mário, o administrador de empresas Matheus e a advogada Mariana. Com eles, vieram novas ideias e o negócio está evoluindo rapidamente. É imprescindível de alguma forma acompanharmos as novidades e investirmos nas ferramentas tecnológicas disponíveis para sermos mais produtivos no campo”, diz Fábio.
“Sempre gostei do campo, desde muito cedo eu já acompanhava meu pai nas visitas à fazenda. Então, sempre soube o que queria estudar”, ressalta Mário.
Família unida em um único propósito
A jornada foi repleta de desafios, principalmente na citricultura. Mas, a família Arroyo seguiu unida no seu propósito de obter o melhor de cada um, investindo em conhecimento e nas tecnologias para melhorar a produção. “Sabemos que o paraíso não existe na agricultura e que dependemos da natureza, mas, na medida do possível, lançamos mão de tecnologias disponíveis para ficarmos menos expostos”, reforça Fábio.
Legado no agro
O trabalho da família Arroyo ajudou a construir uma bonita história na agricultura e nas relações familiares ao longo do tempo. “Conseguimos fazer progresso e entendermos que hoje tudo é muito dinâmico, exigindo uma atualização constante. As novas gerações da família que se envolvem na atividade estão trazendo essas inovações, contribuindo para um melhor desempenho e maior lucratividade. Acreditamos no futuro, na efetividade das próximas gerações, no legado de nosso avô, que é uma referência para todos nós, e pretendemos seguir produzindo, criando oportunidades também para os que nos ajudam a conduzir a atividade agrícola”, enfatiza Fábio.
Uniceres: o pilar dos produtores
A família Arroyo participou da fundação da Uniceres e ressalta a importância da cooperativa. “Ela nasceu da união e da necessidade de efetuarmos as compras com condições melhores. Ela é um apoio ao produtor e se tornou um forte pilar. Hoje, a Uniceres é uma parte importante de nossa atividade, porque ela nos ajuda na economia”, ressalta Fábio.
“Especialmente na citricultura, que demanda muitos investimentos, podemos contar com a Uniceres”, salienta Mário. “Esses 30 anos mostram que a cooperativa adquiriu solidez, sendo bem administrada. Sentimos isso também nos resultados apresentados, na infraestrutura e no atendimento que está cada dia que passa melhor”, afirma Fábio.
A Uniceres representa a união que fortalece o produtor rural, incentivando ações que contribuem para consolidar as tradições, o respeito às famílias e o desenvolvimento sustentável no campo.